sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sarau mostra obra de três poetas


Três poetas reunidos em uma noite recheada de confissões, declarações e ressurreições. Essa é a pretensão do projeto Três Vozes Poesia, com início hoje a partir das 19h, nas dependências do Galpão dos Clowns, imediações do Shopping Midway. Os poetas natalenses Jean Sartief e Marcos Cavalcanti abrirão a noitada e estenderão o tapete vermelho ao poeta recifense Lara encerrar em grande estilo o recital. A entrada para o desfrute da poesia vestida de luas e desmaios é gratuita.

A "entourage poética" Três Vozes Poesia, como classificou o poeta Carlos Gurgel começa com Jean Sartief. "Falar de Sartief é semelhante ao encantamento de um livro recheado de imagens líricas e ácidas, cúmplice de um verbo solto e afiado. Natalense, tão ou mais apaixonado como poucos, pela insuspeita identidade por novos elementos visuais e da própria língua, ele radiografa o seu cotidiano como o olhar que beira o mar que tanto o estimula", descreveu Gurgel.

Já Marcos Cavalcante, é Carlos Gurgel quem também delimita sua poética: um demiurgo santacruzense, que sinaliza nos seus versos um culto à morte. É como um poeta desabrido, descobridor de espantos e escuros. Justo como deve ser para quem sempre procurou pela palavra encalacrada de nós, avisos, pulsações noturnas, e a reveladora construção de um personagem em constante metamorfose.

E fechando a noite, o pernambucano Lara: "Dono de um singularíssima forma de interpretar, como um novelo que encadeia fogos e gritos. Como uma chaminé disposta a revolucionar o submundo de uma sociedade gasta e recheada de milhares de enfermos seres. Possuidor de uma raríssima verve, faz da sua voz uma caixa de ressonância das milhares de sombras que vagueiam por entre o jardim de uma cegueira sem fim, e o grito aterrador de tudo que guardamos por sobre nossas máscaras e medos".

Após o recital, acontecerá debate e por último a venda dos livros dos poetas. Para reforçar o convite, Carlos Gurgel recomenda: "Confiram, lá estejam como testemunhas de que a poesia,mais do que o pão, é alavanca que distribui sorrisos e pecados".

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