sábado, 5 de dezembro de 2009

Novacruzenses fundam Associação Literária


Nova Cruz vive um clima de festa nestes dias em que se comemora 90 anos de emancipação política, a festa da padroeira da cidade e em breve o Natal e Ano Novo. Nesse clima de confraternização e união dos novacruzenses aconteceu no dia 5 de dezembro de 2009 o I Encontro Literário Novacruzense.
O evento aconteceu no SESC e contou com a presença de professores, estudantes e músicos do município que durante toda a manhã discutiram e ouviram sobre a importância da cultura na sociedade.
A primeira palestra foi apresentada pelo Profº Antonio Barbosa, da Escola Estadual Djalma Marinho, falando sobre a “Métrica no Cordel”, sendo na seqüência o Profº Derivaldo dos Santos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte falado sobre “A Pertinência Social da Literatura”.
Logo em seguida em Assembléia Geral os participantes aprovaram a fundação da Associação Literária Novacruzense – ALN, seu Estatuto Social e elegeram a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal que terá na presidência da Entidade o Profº Antônio Barbosa.
O Encontro foi concluído com a apresentação de três jovens da Associação de Músicos de Nova Cruz cantando belas canções de natal.
O evento teve o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte – SINTE/RN – Regional de Nova Cruz, TIM e do SESC Ler.

Parcerias
Também foi aprovado pelos participantes que deve-se buscar reunir todas as Associações de Nova Cruz que tenham como objetivo promover a cultura e o esporte, numa instância que possibilite o constante intercâmbio entre elas.
Um primeiro passo neste sentido é a participação e divulgação dos membros da ALN da apresentação musical de natal que os músicos farão no próximo dia 21 de dezembro de 2009, às 20h no SESC de Nova Cruz.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

São Paulo e o cordel


Por Aderaldo LucianoA semana passada estive em São Paulo por 5 dias para inteirar-me do movimento, que virou escola, Caravana do Cordel. Diante desses empreendimento de poetas cordelistas em torno do seu principal produto cultural, o cordel, tudo parece pequeno. A produção continua firme, as publicações também. As editoras aos poucos estão abraçando a causa. E os meios de comunicação, decobrindo o material. Aliás, ontem, dia 26, foi para o ar pela Rede Internacional de Televisão, a RIT, da Igreja da Graça, do missionário R.R. Soares, matéria no Nosso Programa, programa de variedades, à tarde com os cordelistas João Gomes de Sá e Varneci Nascimento. Esse fato é pontual na história do cordel. Foi alvissareiro ver na tela imagens do cordel Homossexualidade: história e luta, de Varneci e Nando Poeta. Bem como Os dez mandamentos do preguiçoso, do mesmo Varneci. A Caravana está forte e crescendo. Desse encontro surgiu a palestra sobre Leandro Gomes de Barros, no dia 19, para uma plateia de cordelistas e músicos. No meio deles achava-se Gregorio Nicoló, dono da Editora Luzeiro, a mais antiga casa de publicação de cordel no Brasil e uma das primeiras editoras de São Paulo. Gregorio tem sido peça chave na consolidação do cordel publicando autores novos e consagrados e recebendo com rara sensibilidade estudiosos que queiram olhar o seu acervo. Desse nosso encontro saiu a parceria para novos empreendimentos em termos de publicação de Antologias de cordel. Passei, ainda, na Editora Nova Alexandria, na qual trabalha o poeta Marco Haurélio, figura ao redor da qual se construiu a Caravana. Marco é curador da já afamada coleção Clássicos do Cordel. É um homem cuja pena de poeta complementa o tino de pesquisador e a visão de mercado. Acabou de publicar pela Paulus a Lenda do Saci Pererê, em cordel, com ilustrações da pernambucana Elma. Uma edição magnifica, de luxo. Veio juntar-se a O príncipe que via defeito em tudo, publicado anteriormente pela Acatu, com ilustrações de Nireuda Longobardi. Além dos consagrados tive a oportunidade de travar amizade com Pedro Monteiro, cordelista estreante autor de Chicó, o menino das cem mentiras, quando retoma o personagem clássico do cordelismo brasileiro, menos conhecido do que seu parceiro João Grilo, mas tão importante quanto. Pedro Monteiro é um autor síntese cuja produção é regida pela pesquisa e pelo rigor. Apesar de estar começando, seu traço poético deixa entrever um futuro promissor. Começar no mundo do cordel com Chicó é ousadia e conquista. Outro de quem me acheguei foi Nando Poeta. Já com alguns títulos no matulão, Nando é o poeta engajado. Ativista político, trouxe para o cordel as lutas sociais. Assim seus folhetos 1º de maio, Assédio moral é crime e Educação não é mercadoria preenchem uma lacuna, sem se despedir do essencial no cordel: a poesia. Alertado para o fato de não cair no panfletarismo, Nando busca o equilíbrio entre o lírico e o épico. Mas é necessário andar devagar para dosar as cores sem exageros. No dia 19, quando de minha palestra, foi lançado um cordel de Benedita Delazari intitulado A escravidão negra e o quilombo dos Palmares, com ilustração de capa de Cícero Soares. Em duas cores, preto e marrom, esta capa impressiona pela maestria, colocando por água a tese de que o cordel tem que ter obrigatoriamente uma capa de xilogravura. Em tópicos futuros apresentarei um por um esses cordeis e falarei mais dos cordelistas em São Paulo, disputando a vanguarda com o Ceará. Vanguarda que já foi paraibana, mesmo produzida a partir de Recife. Outra história.

sábado, 21 de novembro de 2009

Professores participarão do Encontro Literário


A comissão organizadora do I Encontro Literário Novacruzense confirmou nesta quinta-feira, 19 de novembro os últimos palestrantes da atividade.

O Dr. Derivaldo dos Santos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, falará sobre a importância da literatura na sociedade. Já o Professor Miguel Rosa, ex-Secretário Municipal de Educação de Nova Cruz tratará do tema "A Literatura no Século XXI".

O poeta Abaeté, presidente da União dos Cordelistas do RN, reconhecido como o maior incentivador do cordel na atualidade em solo potiguar também já confirmou sua presença.

Haverá ainda apresentação dos violinistas da Casa de Cultura de Nova Cruz-RN.
O evento acontecerá no dia 5 de dezembro de 2009, no SESC de Nova Cruz, apartir das 8h30.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

I ENCONTRO LITERÁRIO NOVACRUZENSE


A Comissão pró-fundação da Associação Literária Novacruzense tem a honra de convidar Vossa Senhoria para participar do I Encontro Literário Novacruzense no dia 05 de dezembro de 2009, sábado, no SESC de Nova Cruz-RN, das 8h00 às 16h30.
As inscrições devem ser confirmadas até o dia 1º de dezembro de 2009, terça-feira, com o Professor Antonio Barbosa: 9618-6783.

PROGRAMAÇÃO

8h00- Credenciamento8h30- Abertura oficial8h45 – Palestra: Literatura de CordelPalestrante: Poeta Abaeté – Casa do Cordel de Natal-RN
9h00 – Intervalo
9h15 – Palestra: A Literatura no século XXI
Palestrante: professor Miguel Rosa Filho
10h00 – Palestra: A Pertinência da Literatura
Palestrante: Professor Derivaldo dos Santos - UFRN
10h45 – Mesa Redonda
11h15 - Almoço
13h00 – Fundação da Associação Literária Novacruzense
15h00 – Sarau

sábado, 31 de outubro de 2009

Confira os livros que deram o que falar nesta semana







SÉRGIO RIPARDO



colaboração para a Livraria da Folha




Na próxima semana, o mercado editorial e livreiro começa a fechar o balanço de 2009. Na quarta (4), a CBL (Câmara Brasileira do Livro) vai revelar os vencedores do prêmio Jabuti 2009 de "melhor livro do ano de ficção" e "melhor livro do ano não-ficção". A cerimônia da 51ª edição será na Sala São Paulo, e os ganhadores foram escolhidos por 1.500 votantes.






No dia 10, é a vez do anúncio dos vencedores da 7ª edição do prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. São dez finalistas (seis brasileiros e quatro portugueses). O 1º colocado vai receber R$ 100 mil, enquanto o 2º leva R$ 35 mil e o 3º, R$ 15 mil. A seleção foi feita por 11 jurados e quatro curadores.




Com esses anúncios, os autores ganham visibilidade, despertando o interesse para as obras mais elogiadas pelos críticos. Nas últimas semanas, resultados de outros prêmios também foram divulgados, dando um panorama das temáticas que seduziram o público.






- O quarto romance de Chico Buarque venceu o prêmio da revista "Bravo!" de melhor livro do ano. Ele disputava com pesos pesados "O Filho da Mãe", de Bernardo Carvalho, e "Ó", de Nuno Ramos. É mais uma conquista na carreira eclética do cantor e compositor. O artista já lançou os romances "Estorvo", "Benjamin" e "Budapeste".






- Peça baseada no livro de Lygia Fagundes Telles estreia neste final de semana. Favor não confundir com o espetáculo de Maitê Proença, que usou o nome "As Meninas". Por isso, elas se desentenderam. A autora achou que a atriz se aproveitou da fama do livro e disse que gostaria de subir no palco e chamá-la de ladra






- Cristovão Tezza recebeu cheque do prêmio de R$ 100 mil durante a Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS). Ele aproveitou para anunciar que vai largar o trabalho na universidade de Curitiba (PR), a partir de 2010, e se dedicar exclusivamente à literatura. O escritor está terminando um novo livro.






- Michael Jackson "ressuscitou" com o documentário "This Is It". Obras sobre o cantor ganham destaque nas livrarias. Um dos mais procurados foi escrito por James Adis, que diz ser fã de Michael desde os 8 anos. Com capa dura, mais de 250 fotos do cantor, o livro ainda vem com um pôster para colocar na parede






- Stripper lê? Sim, Dita Von Teese, 37, adora autoajuda brasileira. Em passagem por SP, a ex-mulher do cantor Marilyn Manson atraiu holofotes e disse que seu livro preferido é "Onze Minutos", de Paulo Coelho. Ah, Dita também adora ser chamada de "atriz burlesca". O que ela faz? A modelo fica nua e posa de pin-up.






- Fernanda Montenegro recusou trabalhar em Hollywood para fugir dos estereótipos latinos, como o papel de "índia velha", diz a autora Neusa Barbosa à Livraria da Folha, durante lançamento do livro sobre a indicada ao Oscar em 99. A obra aborda temas poucos explorados, com a tentativa de atentado sofrida pela atriz durante a ditadura.






- A poetisa Cora Coralina (1889-1985) era uma doceira de mão cheia. Goiás, sua terra natal, lembra os 120 anos de nascimento da escritora, durante seu festival de gastronomia, que começa nesta sexta (30), com o lançamento oficial do livro. Não espere só receitas de quitutes. Há também muitas fotografias, ilustrações e poemas.



























sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Reunião de organização do I Encontro Literário Novacruzense

Data: 1º/11/2009 - Domingo
Horário: 16h00
Local: Rua Vereador Severino Alves da Silva, 202 - Frei Damião (residência de Antônio Barbosa)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sarau mostra obra de três poetas


Três poetas reunidos em uma noite recheada de confissões, declarações e ressurreições. Essa é a pretensão do projeto Três Vozes Poesia, com início hoje a partir das 19h, nas dependências do Galpão dos Clowns, imediações do Shopping Midway. Os poetas natalenses Jean Sartief e Marcos Cavalcanti abrirão a noitada e estenderão o tapete vermelho ao poeta recifense Lara encerrar em grande estilo o recital. A entrada para o desfrute da poesia vestida de luas e desmaios é gratuita.

A "entourage poética" Três Vozes Poesia, como classificou o poeta Carlos Gurgel começa com Jean Sartief. "Falar de Sartief é semelhante ao encantamento de um livro recheado de imagens líricas e ácidas, cúmplice de um verbo solto e afiado. Natalense, tão ou mais apaixonado como poucos, pela insuspeita identidade por novos elementos visuais e da própria língua, ele radiografa o seu cotidiano como o olhar que beira o mar que tanto o estimula", descreveu Gurgel.

Já Marcos Cavalcante, é Carlos Gurgel quem também delimita sua poética: um demiurgo santacruzense, que sinaliza nos seus versos um culto à morte. É como um poeta desabrido, descobridor de espantos e escuros. Justo como deve ser para quem sempre procurou pela palavra encalacrada de nós, avisos, pulsações noturnas, e a reveladora construção de um personagem em constante metamorfose.

E fechando a noite, o pernambucano Lara: "Dono de um singularíssima forma de interpretar, como um novelo que encadeia fogos e gritos. Como uma chaminé disposta a revolucionar o submundo de uma sociedade gasta e recheada de milhares de enfermos seres. Possuidor de uma raríssima verve, faz da sua voz uma caixa de ressonância das milhares de sombras que vagueiam por entre o jardim de uma cegueira sem fim, e o grito aterrador de tudo que guardamos por sobre nossas máscaras e medos".

Após o recital, acontecerá debate e por último a venda dos livros dos poetas. Para reforçar o convite, Carlos Gurgel recomenda: "Confiram, lá estejam como testemunhas de que a poesia,mais do que o pão, é alavanca que distribui sorrisos e pecados".

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Flipa fecha programação

Tribuna do Norte, 15/09/2009

Dez mesas literárias, com Danuza Leão, Ronaldo Correia de Brito, o cantor e compositor Lobão, Marina Colasanti, Daniel Piza, Heloísa Buarque de Hollanda, entre outros autores num total de 30 nomes, incluindo poetas, professores e intelectuais do RN e convidados; quinze oficinas dentro do projeto inédito Pipinha Literária; e mais a livraria Siciliano, tenda de debates, espaço de autógrafos, e a presença do Sebo Vermelho. Este será o time a entrar em campo na primeira edição do Festival Literário da Pipa-Flipa, que acontece de 24 a 26 de setembro na praia localizada ao litoral sul potiguar.
O I Festival Literário da Pipa é uma iniciativa do Governo do Estado através da secretaria de Turismo e da secretaria Estadual de Educação e Cultura, sob a coordenação da Fundação Cultural Helio Galvão. Uma novidade que ainda não tinha sido anunciada pela produção do festival é a inclusão da Pipinha Literária, envolvendo mais de 15 profissionais, entre professores, mestres, escritores de livros infantis, arte-educadores, com destaque para a oficina “A Preparação do Escritor”, com Raimundo Carrero. Os temas vão de rodas de leitura a oficinas de instrumentos musicais, cordel (ministrado especialmente pelo historiador Antônio Franciso Teixeira de Melo), repente e poesia.No dia 24, por exemplo, a primeira oficina terá como tema “Entre livros”, que consiste em conversas com autores locais e rodas de leitura abordando textos literários para formação de leitores. Participação de dois importantes escritores de livros infantis: a professora Salizete Freire Soares, que escreveu “Bicho Pra Que Te Quero”, “Mundo Pra Que Te Quero” e “Vida Pra Que Te Quero”; e o jornalista Juliano Freire, autor de “Pereyra o menino bom de bola” e “Doninha e o marimbondo”.Outra ação de destaque do Pipinha é a Oficina de Criação literária de Raimundo Carrero - A Preparação do escritor, nome também do livro do escritor pernambucano cujas oficinas literárias são sucesso há vários anos. “A Preparação do escritor” vai acontecer na ong EducaPipa. Mesas do primeiro diaUma estrutura climatizada, com capacidade para 300 pessoas sentadas, será montada especialmente para o encontro, que vai priorizar a discussão sobre a literatura no Brasil: formas de linguagens, temáticas, narrativas, criação e teorias literárias. Na quinta-feira, dia 24, estarão presentes na Pipa a escritora e jornalista Danuza Leão, que falará sobre o tema “Literatura, jornalismo, Memórias”, tendo como mediador o jornalista Woden Madruga. Danuzalançou suas memórias no livro “Quase Tudo”, assunto que deverá fazer parte da conversa. Com o tema “Literatura e Viagens”, a escritora Marina Colasanti também é presença no primeiro dia do Festival Literário, tendo como mediadora a jornalista Josimey Costa. Também na programação do dia 24 a mesa “Clementino Câmara: do nascimento em Pipa à Censura no Estado Novo”, que resgata a obra deste professor e escritor considerado um dos maiores intelectuais nascidos na região. Estarão nesta mesa o professor e escritor Geraldo Queiroz, que lançará em breve o livro “A Genrigonça do Nordeste”, com mediação do professor Humberto Hermenegildo.Sábado terá Lobão e Ronaldo Correia de BritoA sexta-feira do Festival Literário da Pipa, dia 25, abre com a mesa literária “Hélio Galvão: a cultura praieira”, tendo as participações de Sanderson Negreiros, Diva Cunha e Gilmara Benevides, numa radiografia da trajetória humana e da riqueza cultural produzida pelo historiador e etnógrafo potiguar. A segunda mesa da programação será “A Cultura das Periferias”, tendo como convidada a escritora e professora Heloísa Buarque de Hollanda, e como debatedor o escritor pernambucano Raimundo Carrero mediados pelo jornalista e escritor Carlos de Souza. A terceira mesa do dia 25 abrirá com a exibição do documentário “Um Paraíso Perdido”, dirigido pelo escritor e jornalista Daniel Piza com fotografia de Tiago Queiroz. O curta de 24 minutos reconstitui a viagem à Amazônia realizada em 1905 pelo escritor Euclides da Cunha. A mesa literária também abordará o tema “A Amazônia de Euclides”, completando este mergulho no universo pouco explorado da obra euclideana — a sua relação com a natureza e a ciência. Piza, que além de escritor é jornalista do jornal O Estado de São Paulo-Estadão, refez ele mesmo a viagem do escritor de Os Sertões. A mesa terá como mediador o jornalista e crítico literário Tácito Costa.O último dia do Festival Literário da Pipa terá uma diversificada temática nas quatro mesas literárias. Começa às 16h com a mesa “O romanceiro potiguar”, com participação da Doutora em Letras pela UFPB, Lílian Rodrigues, e do professor potiguar Luiz Assunção. A mesa seguinte resgata a obra do maior romancista da região, Homero Homem de Siqueira, autor de obras importantes da literatura brasileira como “Cabra das Rocas” e “Menino de Asas”. Para debater sobre Homero Homem estarão Ney Leandro de Castro, Dorian Gray e Marize Castro. A 3ª mesa da noite reunirá o cantor e compositor Lobão em conversas variadas cujo ponto de partida será a pergunta: “Lobão tem Razão?” Para debater com o roqueiro estará o poeta, escritor e publicitário Patrício Júnior, do coletivo Jovens Escribas, com mediação do jornalista, cantor e músico Isaac Ribeiro.A última mesa do Festival Literário da Pipa recebe o escritor vencedor de 2009 do Prêmio São Paulo de Literatura, o escritor cearense Ronaldo Correia de Brito, que falará sobre o seu romance “Galiléia”, considerado um dos melhores livros lançados este ano. Participam da mesa o escritor Moacir Cirne e o jornalista Osair Vasconcelos.

II CONCURSO DE REDAÇÃO DO SENADO FEDERAL



No ano em que se comemoram os 120 anos da Proclamação da República no Brasil, o Senado Federal realiza o II Concurso de Redação com o tema “MUITO PRAZER, SOU CIDADÃO DE UMA REPÚBLICA CHAMADA BRASIL”, com a participação efetiva das 27 unidades da Federação, voltado para os alunos matriculados nos dois últimos anos do ensino médio regular das escolas públicas estaduais.
Nosso objetivo é contribuir para o processo de formação dos futuros formadores de opinião e eleitores, estimulando-os a refletir sobre a importância do Estado democrático de direito e da participação política para o exercício pleno da cidadania e oferecendo ainda a visão do papel institucional do Senado Federal e demais órgãos integrantes do Poder Legislativo Brasileiro.
O II Concurso de Redação do Senado Federal acontece após o êxito do I Concurso de Redação, com o tema: A Bandeira Nacional, elaborado e executado, em 2008, pela Secretaria de Relações Públicas do Senado, com o apoio de toda a estrutura da Casa, do Exército, da Marinha, do Banco do Brasil, da Brasiltelecom e dos Correios, e em parceria com o Ministério da Educação, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e as Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal.
Como em 2008, a premiação do Concurso vai acontecer no dia 19 de novembro de 2009, quando, além de cumprirmos o dever cívico de comemorar o Dia da Bandeira, também, instituído no ano de 1889, pelo Decreto lei número 4, realizaremos a entrega dos prêmios, homenageando os 120 anos da Proclamação da República.
Senado Federal, Secretaria de Relações Públicas Telefones: (61)3303-1992/1993/1994/2994

domingo, 6 de setembro de 2009

“Publico para livrar-me de ter que corrigir”

Tribuna do Norte, 06/09/2009

Ronaldo Correia de Brito nasceu no Ceará e mora em Recife. É médico e escritor. Autor dos livros de contos As Noites e os Dias (1997), editado pela Bagaço, Faca (2003), Livro dos Homens (2005), e a novela infanto-juvenil O Pavão Misterioso (2004), todos publicados pela Cosac Naify. No ano passado lançou o romance Galiléia, editado pela Alfaguara. Dramaturgo, é autor das peças Baile do Menino Deus, Bandeira de São João e Arlequim. Escreveu durante sete anos para a coluna Entremez, da revista Continente Multicultural, e atualmente assina uma coluna semanal na revista Terra Magazine, do Portal Terra. Este ano venceu o Prêmio São Paulo de Literatura, no valor de R$200 mil, ao lado do escritor gaúcho Altair Martins. No final do mês (dia 25 de setembro), o escritor estará em uma das mesas do Festival Literário de Pipa – Flipa. Como um escritor nordestino consegue fazer ouvir sua voz no eixo Rio-São Paulo? Ronaldo Correia de Brito - Eu imagino que só existe um meio: escrevendo bem.Seus livros falam do sertão, mas também do conflito entre o arcaico e a globalização. Você não teme o rótulo do regionalismo, já que você considera o termo um palavrão? Já não existe regionalismo como escola literária, apenas como referência geográfica. Insistir no regionalismo como modelo ou movimento artístico é falta de imaginação.Como você concilia o erudito e o popular? A cultura nordestina faz esse link com muita propriedade. E não são apenas os artistas autoproclamados eruditos que conseguem essa proeza.Escritores devem começar a publicar ainda na juventude ou esperar pela meia-idade como você fez? Acho que devem publicar quando acharem que os seus textos estão prontos. Eu demorei muito porque sempre via o que melhorar e corrigir. Como o argentino Jorge Luis Borges, publico para livrar-me de ter de corrigir.Como é a sua relação com o teatro? Minha prosa é bastante teatralizada. Eu costumo transformar meus contos em peças de teatro e vice-versa. Gosto de trabalhar com atores, escrever por encomenda. Enceno pelo menos um espetáculo por ano. Trabalhar na frente de um computador é muito solitário; com os atores é mais animado. Nunca se escreveu tanto e se publicou tanto no Brasil. Como é que se pode separar o joio do trigo de toda essa produção literária? Em todas as épocas se escreveram coisas boas e ruins. Cervantes escreveu Dom Quixote para execrar os péssimos romances de cavalaria produzidos no seu tempo e que eram bem populares. Você lembra de algum desses milhares de romances? Certamente não. Sobreviveu o Dom Quixote, que é bom. Não há o que temer. Vamos deixar as pessoas escreverem o que quiserem.Em Natal existe uma máxima que diz que em cada esquina tem um poeta. Você estenderia esta máxima para o resto do Brasil ampliando de poetas para escritores? Sim, tem muita gente escrevendo. Mesmo assim ainda somos um país de analfabetos.Você acha que a internet possibilita o surgimento de novos autores ou não passa de diluição? É claro que possibilita. Não é possível pensar apenas no objeto livro, como meio de escrita e leitura. A internet nos obriga ao exercício de algumas das Seis propostas para o próximo milênio, de Ítalo Calvino: rapidez, multiplicidade, visibilidade. Desde que passei a escrever para uma revista da net, a Terra Magazine, me sinto mais corajoso, mais ousado e ágil. Acho que me beneficiei bastante.A morte é algo muito presente em sua literatura. Como falar de algo tão tabu para a maioria das pessoas e ainda conseguir que elas gostem? Sem o tema da morte não existiria literatura. Sherazade narra para vencer a condenação à morte e manter-se viva. Nada é mais real e simbólico do que a morte. Um tema inesgotável. O Brasil agora é fecundo em feiras literárias. O que você acha de encontros como estes? São ótimos porque ajudam a tirar a aura sobrenatural da literatura e dos livros. Os livros são objetos de consumo, devem concorrer no mercado com os cremes de pele, os alisantes de cabelo, os celulares e os relógios. É preciso fazer a escolha entre comprar um livro ou tomar dez cervejas no final de semana. Eu sempre preferi comprar livros. Precisamos convencer mais pessoas de que essa opção é a melhor. As feiras ajudam a aliciar leitores e a mostrar os livros como objetos de sedução.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

“Resina” reúne poemas de Diva


Tribuna do Norte,03/09/2009


Foi do pequeno e profundo poema, sem nome, que Diva Cunha batizou seu quinto livro de poesia, “Resina”. A obra traz passagens do cotidiano e poemas escritos para os mestres João Cabral de Melo Neto, Manoel Bandeira, Clarice Lispector e Cecília Meireles. Além do livro novo contendo 80 poemas, “Resina” reúne seus últimos livros de poesia, já esgotados no mercado, “Canto de página”, “Coração de lata”, “Paisagem” e “Uivando para a lua”. “Armadilha de vidro” não está publicado pois ainda existe nas livrarias brasileiras. O lançamento acontece hoje, às 19h no Praiamar Natal Hotel durante o Seminário Nacional Mulher e Literatura.
“Quando Conceição Flores me comunicou sobre a homenagem eu pensei de imediato em publicar um novo livro. Peguei todos os caderninhos, pedaços de papel e tudo o que eu tinha de poemas espalhados e passei a trabalhar um por um”, lembrou Diva sobre a gênesis da obra. Ela pensa como João Cabral de Melo Neto, que acreditar ser apenas 5% de inspiração e 95% de trabalho. Com essa equação, Diva uniu mais de 100 poemas e lapidou todos até chegar ao resultado de “Resina”. “O poeta é como um jardineiro. Ele precisa podar as rosas até que elas fiquem preparadas para a colheita”, contou.Nesse processo lento, a inquieta Diva se deparou com dois caminhos tomados por seu livro. De um lado o cotiano cru, a cidade, suas memórias, o som das fábricas e a realidade e do outro o livro travou um diálogo com seus mestres chamado num subcapítulo intitulado “Travo e Paixão”, reunindo 26 poemas. Entre eles pérolas de desaforos jogados aos seus mestres como este chamado “Cabralinas”. “João Cabral/sua poesia/ me dá coceira/sou mais/o seu avô/Manuel Bandeira”.A brincadeira com seus mestres é, segundo a escritora, uma forma de colocar no papel a inveja de seus talentos. “Travei diálogos como uma discussão, uma paixão. Os poemas saíram como meta poesias. Tenho uma paixão enorme por Manoel Bandeira, dele como poeta, como cronista, antologista e também como ser humano. Quis no livro colocar esse meu amor de uma forma ora brincalhona e ora sensata”, disse. Os poemas foram escritos de maneira doce e irreverente quando a construção remete à diferentes obras, inclusive de Clarice, como “A Paixão segundo G.H” no poema intitulado “Inimiga Íntima”. “Onde se meteu/ pequenina e astuciosa/pétala movente/em marrom antigo moldada?/ que levava nas asas/no dorso úmido/ na antena que captou/os passos pela casa?”João, Manuel, Cecília, Clarice e DivaUma das delicias do livro de Diva é esse encontro entre seus mestres e suas referências. Além dos poemas existenciais que tocam de uma maneira forte o inconsciente, o encontro de Diva com João, Manuel, Cecília e Clarice é algo além. E é dentro desses poetas que Diva busca oxigênio para entremear suas próprias concepções de mundo. Ela lembra que João Cabral mexe muito com sua história. A dificuldade de ler suas obras e “digeri-las” abriu horizontes, inclusive para a elaboração de sua tese de doutorado sobre a Revista de Cultura Brasileña criada pelo próprio escritor de “Morte e Vida Severina”. “Posso dizer que João Cabral é como uma força pulsante. É dele que bebo minha água e é dele também que tenho muita raiva por ser tão complexo”.Segundo Diva em todo esse tecer de ideias reunindo os poetas, suas leituras e vivências, sua poesia tenta captar as mínimas coisas da vida. “Se sou distraída para assuntos práticos, observo a beleza e a leveza da vida em pequenos detalhes, me atento para isso. E junto a isso somo o que Bandeira dizia sobre poesia não ter hora. Não se espera a poesia, ela chega, assim como as borboletas e as formigas”, finalizou, comentando que a poesia será viva para sempre enquanto existir mundo. Além dos poetas citados nos livros, Diva lembrou que suas inspirações vieram também de Luis Carlos Guimarães – seu padrinho, quem apresentou os primeiros livros para ela enquanto menina -, Zila Mamede, Homero Homem, entre outros. Diva lançará sua obra hoje no Seminário Nacional Mulher e Literatura e também no dia 26 de setembro durante o Festival Literário de PIPA, a FLIPA que acontecerá durante os dias 24, 25 e 26 de setembro.

Festa Literária da praia da Pipa acontece no fim de setembro

Com o objetivo de entrar no circuito das cidades que recebem festivais de literatura, a praia de Pipa, situada em Tibau do Sul, a 70 km da capital realiza entre os dias 24 e 26 setembro a 1ª Flipa - Festa literária da Praia de Pipa.A festa literária começou bem: a assessoria confirmou a participação do escritor Ronaldo Correia de Brito, atual vencedor com o romance "Galiléia" de um dos prêmios de literatura mais importantes do Brasil, o Prêmio São Paulo de Literatura.Além de Ronaldo estão confirmados ainda a presença da escritora Marina Colasanti e de Danuza Leão. A organização esspera articular ainda a vinda dos escritores Davi Arrigucci Jr., João Gilberto Noll, Murilo Mello Filho e Daniel Pizza, além dos potiguares Rodrigo Levino, Diógenes da Cunha Lima e Geraldo Queiroz.Para a festa está sendo preparada uma estrutura climatizada com capacidade para 300 pessoas sentadas e as discussões sobre literatura irão priorizar as formas de linguagem, temáticas, narrativas, criação e teorias literárias.

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um livro sonoro brasileiro


Tribuna do Norte, 1º/09/2009


Um fagote rasgando a poesia abre o livro sonoro de Dácio Galvão. São textos que ultrapassam a fronteira entre a música e a poesia e engendram-se nos acordes dissonantes da sanfona de Dominguinhos e a voz grave do imortal Zé Celso Corrêa. E vai além.. reúne 80 músicos de várias partes do Brasil traçando um desenho da cor do mapa do Brasil, étnico e profundo.

Poemúsicas será lançado hoje, às 19h30 no Budda Pub, em Ponta Negra. Sobre a obra, Dácio conversou com o VIVER contando que o projeto começou a ser elaborado há 10 anos, inspirado em outras realizações nesse campo. Ele lembra que esta quebra das fronteiras entre poesia e música não é novidade, desde o século XII a melhor poesia que se fez no planeta foi a provençal lá no sul da França e depois as vanguardas artísticas emblematizaram isso. “O Tropicalismo fez um trabalho muito calcado na sonoridade. Alguns músicos fizeram isso, o próprio Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção quem musicalizou Haroldo de Campos. E antes mesmo, um grande influente é Mallarmé, grande poeta francês que entendeu há muito tempo que o livro poderia e deveria dialogar pelas searas musicais, com as partituras. Vejo esse projeto como a extensão do meu trabalho impresso e ao mesmo tempo como um livro sonoro”, contou Dácio. Na obra, o sertão e o litoral se complementam, quando músicos com identidades mais regionalistas dialogam diretamente com músicos que bebem de fontes contemporâneas universais. Segundo o próprio autor, não dentro de uma visão regionalizada, mas dentro de uma visão que tenta desterritorializar. “Ao mesmo tempo que circunscreve estes dois ambientes, o texto tenta transgredir o regionalismo. Você tem a fala de Oswaldo Lamartine dialogando com a guitarra distorcida de Jubileu Filho. Nem o significado simbólico da voz de Oswaldo perde no conteúdo no qual ele sempre buscou, o sertanismo. Como também não perde a guitarra pop a la Jimi Hendrix de Jubileu Filho. Tudo isso dentro de uma modalidade sonora indígena que é coco. Todas as modalidades de ritmo somos nós”.Concreta, discreta e infinita“Ao fundo/ o ronco monótono do mundo/ e eu ouvindo sua mistura de paisagens salgadas/luz calma da cidade e vozes sertanejas/ Queimando em palavras o que eu sinto/sei que miragens de músicas e imagens/ ainda ardem em nossas casas...O poema de Fausto Nilo – compositor consagrado brasileiro, gravado por mais de 40 músicos, fez os versos do poema citado acima especialmente para o disco/livro de Dácio Galvão. O poema entrou como pós fácio da obra, uma raridade. Por falar em palavras, o livro sonoro é delicioso por isso, você pode devorá-lo de diferentes maneiras. Ao abrir o encarte surpresas em forma de imagens e textos explicativos e poéticos alçam vôos na imaginação. “O trabalho impresso foi feito como um livro. Vejo como uma convergência de várias linguagens neste trabalho. Da palavra experimentada cantada por Naná Vasconcelos e Arnaldo Antunes, com um certo recaimento, num lirismo épico na voz de Zeca Baleiro, no cancioneiro com Ná Ozetti e Mônica Salmaso, no regionalismo do xote de Waldonys, na canção dissonante de Dominguinhos, no Free Jazz que rola com Dominguinhos e o sax de Proveta. O disco nada mais é do que a diversidade brasileira”, contou Dácio na tentativa de explicar sua própria obra prismática.A própria linguagem fotográfica, só veio a dialogar. “Não foi um disco trabalhado para ser vendido como um cd de um letrista ou poeta. Ele é resultado de um projeto que foi se estruturando aos poucos. Várias músicas dessas já haviam sido veiculadas em outros discos. Aos poucos fui descobrindo que as letras e as músicas criaram uma unidade sonora e textual homogênea. As figuras que participam como Zeca Baleiro, Mônica Salmaso e o próprio Zé Celso Martinez Corrêa, partiu de uma sintonia com suas obras. Ninguém foi contratado para isso, mas é uma agregação idéias”. O projeto gráfico também aconteceu dessa maneira. Dácio convidou o design Afonso Martins, que trabalhou ouvindo música por música, num processo criativo denso. O lançamento de “Poemúsicas” acontece hoje, às 19h no Budda Pub (Av. Engenheiro Roberto Freire) e terá a presença de um Dj tocando as 19 faixas do disco. Além de uma projeção com imagens do projeto gráfico do livro sonoro. ServiçoPreço do Poemúsica: R$ 15 reais. Será vendido em livrarias e sebos da cidade.

sábado, 29 de agosto de 2009

Novacruzenses participam do I Encontro Nordestino de Cordel no RN


Um evento único na cultura potiguar promovido pela Casa do Cordel aconteceu no dia 29 agosto de 2009 n Colégo CEI, em Natal/RN, com a presença de poetas, violeiros e xilogravuristas de diversas cidades do Estado.Palestras sobre a importância do cordel na escola, o cordel no seculo XXI e a gravura popular no Nordeste brasileiro foram apresentadas por especialistas no tema.De Nova Cruz participaram Gustavo José, Antônio Barbosa e Elizabete Porfirio.

I SEMINÁRIO CARIRI CANGAÇO


I SEMINÁRIO CARIRI CANGAÇO

De 22 a 26 de Setembro de 2009

Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha


O Brasil se notabiliza por sua extensão continental; repleto de manifestações culturais, tradições e raízes que o tornam um dos países mais encantadores do mundo. O nordeste se configura como uma região de uma gente forte, um povo de fibra que se acostumou a desafios: e como já destacava o grande Euclides da Cunha – “O nordestino é antes de tudo um forte”. Esse mesmo povo que vence desafios é o mesmo povo que mostra sua bravura e destemor em muitos episódios da vida de nossa nação; foi assim nos momentos de revolta e luta com a Insurreição de 1817 e a Confederação do Equador; foi assim no movimento inesquecível de Canudos, Baixa Dantas, Caldeirão e Pau de Colher, foi assim nos momentos vivos de fé em São José do Egito e em particular em Juazeiro do Norte do meu Padim Cícero Romão Batista, e foi assim no fenômeno do Cangaço de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo: Lampião.O Cangaço se configura como um dos fenômenos mais intrigantes da história do povo nordestino. Com uma duração de quase 80 anos, teve no Cariri um de seus principais cenários. As cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Jati, Jardim, Aurora, Porteiras e Missão Velha, fizeram parte importante dessa história que teve seu auge na figura de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião.O Cariri cearense, a partir das cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha, irão receber no mês de setembro de 2009, as maiores autoridades sobre o tema Cangaço, no Brasil. Pesquisadores, historiadores, escritores, ensaístas e cineastas, estarão no triângulo do Crajubar, discutindo um dos fenômenos mais controversos da história do nordeste brasileiro e suas implicações e ligações com nossa região.O encontro se realizara nas três principais cidades do cariri cearense, com palestras, discussões, estudo do tema, oficinas, apresentações artístico-culturais e visitas técnicas aos principais cenários da história cangaceira no Cariri, se configurando como a maior mesa de debates itinerante do país sobre o fenômeno Cangaço.Estarão no Cariri cerca de 30 personalidades, entre pesquisadores, escritores e historiadores, com destaques para o Dr. Antônio Amaury, Dr. Honório de Medeiros, Dr. Kidelmy Dantas, Dr. Paulo Gastão, Escritor José Peixoto Junior, Escritor Ângelo Osmiro, Documentarista Aderbal Nogueira, Dr. Iaperi Araujo, Dr. Napoleão Tavares Neves, Dr. Magérbio de Lucena, Escritor Anildomá Williams, Professor Daniel Walker, Professor João de Sousa Lima, Escritor Francisco Vilela, Professor Francisco Pereira, Escritora Vilma Maciel, Professor Jairo Luis, dentre outros; além de um público estimado para os quatro dias de evento de cerca de duas mil pessoas, público notadamente formado por estudantes, universitários, admiradores do tema e formadores de opinião. A iniciativa é da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, e das prefeituras de Crato, Juazeiro e Barbalha.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Foto de Nando Poeta


Nosso amigo Nando Poeta (chapéu) , natural de Natal, lançando seu cordéis em São Paulo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

I Flipa confirma mesa de debate com Danuza Leão e Woden Madruga


Tribuna do Norte, 27/08/2009

Uma das maiores personalidades do mundo jornalístico, artístico e cultural, a jornalista e escritora Danuza Leão, que recentemente publicou suas emocionantes memórias no livro “Quase Tudo” (Companhia das Letras) é o nome confirmado no I Festival Literário da Pipa-Flipa, que acontece de 24 a 26 de setembro na badalada praia localizada ao litoral sul. Danuza terá como interlocutor o jornalista desta TRIBUNA DO NORTE Woden Madruga, com quem conversará sobre “Jornalismo, Literatura e Memórias”.Danuza Leão fez de sua trajetória uma das histórias mais incomuns que se tem notícia. Nascida em Ipanguaçu, no Espírito Santo, de família de classe média — irmã da jovem que viria a ser a musa da bossa nova Nara Leão — aos quinze anos Danuza Leão já freqüentava a casa do pintor Di Cavalcanti. Aos dezenove, foi a primeira modelo brasileira a desfilar no exterior. Amiga de mitos como Vinicius de Moraes, viu a bossa nova nascer em sua sala. Aos vinte, casou-se com um importante dono de jornal, Samuel Weiner, que tinha o dobro da sua idade. Tempos depois, com três filhos pequenos, separou-se para viver um grande amor com Antônio Maria, um cronista e compositor pobre. Aos quarenta e poucos, já avó, comandou as noitadas das boates Regine's e Hippopotamus (o que lhe valeu capa da revista Veja com o título "A grande dama da noite"). Danuza foi dona de butique, membro de júri de programa de auditório, relações-públicas, entrevistadora de TV, produtora de novela, cronista social, e publicou um livro de enorme sucesso sobre etiqueta moderna (Na Sala com Danuza). E agora conta (quase) tudo de sua vida extraordinária.OUTRAS CONFIRMAÇÕESOutras mesas estão sendo fechadas, como o debate do jornalista e escritor Daniel Piza, 38, sobre Euclides da Cunha, que contará com a exibição do documentário "Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides", com direção do Daniel Piza e do fotógrafo Tiago Queiroz. Piza é jornalista do Estadão e colabora com revistas culturais, além de possuir diversas obras publicadas. Outro nome confirmado é o da escritora Marina Colasanti, que falará sobre “Literatura e viagem” numa mesa com autores e intelectuais locais. Exímia contadora de histórias, esta ilustre senhora de 72 anos falará sobre livros e viagens passando por assuntos abordados em obras como "23 Histórias de um Viajante", obra que narra a viagem de um cavaleiro que invade os domínios de um príncipe misterioso. Outros autores confirmados no Flipa são Ronaldo Correia de Brito, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance “Galiléia”, e a escritora Heloísa Buarque de Holanda. Escritores locais também estão confirmando presença nas diversas mesas do Festival, entre eles Geraldo Queiroz, Diógenes da Cunha Lima, Nei Leandro de Castro e Sanderson Negreiros. O I Festival Literário da Pipa é uma iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Turismo e da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, sob a coordenação da Fundação Cultural Helio Galvão.FLIPA - Festival Literário da PipaDe 24 a 26 de setembroLitoral Sul do RN, 70 km da capital Natal

Cordel de Sarney


Sarney é velho cacique
Conhecido no nordeste
Servidor da ditadura
Passando sempre no teste
Quando o seu regime cai
De outra roupa se reveste.

Foi enquanto deputado
Que começou a carreira
No ano cinquenta e cinco (1955)
A sua eleição primeira
Eleito no Maranhão
Sortudo teve a cadeira.

Cresce dentro da política
Depois foi governador
Sempre prometendo ao povo
Que era o seu salvador
No Maranhão se transforma
Cacique articulador.

Fiel sempre aos militares
Foi eleito senador (1971 a 1985)
Símbolo de oligarquia
Da família protetor
Na Arena e PDS
Partido de ditador.

Quando o barco afundou
Deu tchau pra o general
Juntou os trapos com o vice
Aureliano, serviçal
Na campanha das diretas
Deu uma de liberal.

No colégio eleitoral
É vice de seu Tancredo
Presidente bate as botas
Assume sem ter segredo
Agora Nova República
De Sarney tem o seu dedo.

Presidente e empossado
Agora peemedebista
Lança o Plano Cruzado
Fracassado perde a pista
Termina o seu mandato
Desgastado sai da vista.

Mas logo volta a cena
É eleito senador
Pelo Estado do Amapá
Jura ter grande amor
Na verdade ele vai ter
Mas um “feudo” de valor.

Oitenta um senadores
Oito anos, o mandato
O tempo é suficiente
Pro povo pagar o pato
Pois essa picaretagem
Secreto faz o seu ato.

Essa fábrica de corruptos
Em Brasília, o senado
Renan, ACM e Collor
Só Estevão foi cassado
Não há o que o outro fez
Que não foi compartilhado.

Os que soltam um pouco a língua
Também é peixe na lama
Por isso o Arthur Virgilio
Cai na sua própria cama
Com rabo ficando preso
Todos eles são da trama.

Os atos secretos são
Medidas tão sigilosas
Cria e nomeia os chapas
Para ações bem mafiosas
O senado e sua gangue
Traçam metas perigosas.

Vale moeda de troca
É dando que se recebe
O povo pagando a conta
E muitos, nunca percebe
Enquanto as maracutaias
No senado se concebe.

Negociatas de cargos
Mordomo nadando em grana
Os seus serviços prestados
Na casa de Roseana
Quando é que essa quadrilha
Será levada em cana.

Dinheiro da Petrobras
Recebeu a Fundação
Que tem nome de Sarney
O poderoso chefão
Cai na conta da família
Projeto não existe não.

E o organizador
De toda maracutaia
É diretor do senado
Famoso Agaciel Maia
O emprego e empréstimo
Distribui pra toda laia.

Essa “crise não é minha”
Sarney falou na tribuna
Ela é lá do senado
Atinge toda coluna
Já vimos que essa cambada
Que só quer fazer fortuna.

No congresso o senador
Sarney estar enroscado
Mas as suas costas largas
Tem Lula como aliado
Partidos de rabo preso
Acórdão tem cozinhado.

Bem por de baixo do pano
Existe quem articula
É homem forte do Estado
É o presidente Lula
Que deu a mão a Sarney
Escrevendo toda bula.


O PT e Mercadante
Ficou dançando uma valsa
Com Lula alteando a voz
Senador borra na calça
Renuncia e volta a traz
É uma conversa falsa.

Suplicy quer maquiar
A postura do PT
Que fez força por Sarney
No senado se manter
Com o seu cartão vermelho
Ele quer se arrepender.

Por Lula foi costurada
A buchada foi servida
Os requintes são picantes
Sarney terá sobrevida?
Na mesa do presidente
Picado e muita bebida.

Se o senado acabasse
Não deixaria saudade
Por ser toda aquela corja
Um ninho de falsidade
Que votam contra o povo
Seu projeto de maldade.

Por isso ganhar as ruas
Pedindo o fim do senado
É uma bandeira urgente
Pra levar de lado-a-lado
O Fora Sarney na massa
Acabando seu reinado.



Autor: Nando Poeta
6792.2293





Cantigas sob o sol do Nordeste


Tribuna do Norte, 27/08/2009


O sol quente do sertão inspira e faz liquidas as melodias e os poemas. Das terras áridas, esperando chuva, surgiram nomes importantes da música e um deles – talvez o maior – é Luiz Gonzaga. E é nele toda a força do espetáculo “Cantigas do sol ou Dom quixote de cordel: um tributo a Luiz Gonzaga” que será apresentado hoje e amanhã no Teatro Alberto Maranhão, às 20h.Elaborado durante dois anos, o espetáculo vem do Recife através do grupo Dramart. São quatorze atores que também cantam e dançam no palco 40 canções numa perspectiva operística tendo como suporte a poesia de Zé Dantas, Humberto Teixeira, canções de domínio público embaladas pelas canções quase inéditas e outras mais conhecidas de Luiz Gonzaga. “Estamos lembrando os 20 anos da morte dele. E paralelo estamos falando do homem sertanejo, num contexto denso e realista. Tudo isso feito com a colagem de várias músicas de Luiz Gonzaga”, contou o ator Didha Pereira, que faz o próprio Gonzagão. Para a preparação do espetáculo os atores e músicos – são quatro em cena – foram divididos em núcleos de pesquisa alcançando algumas vertentes como cultura popular e teatro de rua, todos coordenados por Didha. “A gente montou apresentações individuais e daí surgiram as primeiras cenas, num trabalho completamente coletivo feito aos moldes do teatro de grupo antes dos anos 90”, contou.

Grandioso e com diferentes nuances, “Cantigas ao Sol...” tem como fonte além do sertão, a inspiradora luz do dramaturgo Bertold Brecht, quando o grupo utiliza o distanciamento para que o público perceba a diferença entre a realidade e a ficção. “Precisamos preparar um distanciamento, porque tem momentos muito emocionantes e fortes no espetáculo. É um retrato da vida mas não é a vida”.Considerada pelo próprio diretor – o premiado Vital Santos – como uma nova cor da cena nordestina, “sem nenhum ranço regionalista”, o espetáculo extrai movimentos da cultura popular nordestina com toques eruditos e o “pragmatismo da cena mollierana”. “Aproveitando para tanto os movimentos da xilogravura, do cordel, dos mamulengos e o peso do coronelismo disfaçado de Comédia Dell´Art, para denunciar as indústrias que proliferaram e ainda proliferam o Nordeste brasileiro, colocando-o numa situação difusa dentro do contexto nacional”, escreveu o diretor Vital Santos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pipa terá sua Flipa em setembro


Tribuna do Norte, 26/08/2009


A Praia da Pipa, no município de Tibau do Sul/RN, a 70 km de Natal, paraíso praiano badalado que é conhecido no Brasil inteiro e até em outros países, ganhará em setembro a I FLIPA — Festa Literária da Pipa, no período entre 24 a 26 do mês que vem. O evento é uma iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Turismo e da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, sob a coordenação da Fundação Cultural Helio Galvão. A idéia é aproximar a população e os visitantes da literatura e de autores de expressão nacional e promover um debate literário de alto nível, inserindo Tibau do Sul e arredores no circuito das cidades brasileiras que realizam eventos literários de grande porte.
Nas mesas literárias, escritores potiguares e nacionais vão falar de suas obras e interagir com o público. Além dos debates, a programação contemplará oficinas de literatura, shows musicais e lançamentos de livros. O público também vai poder conversar com os autores durante as sessões de autógrafos no estande da Livraria Siciliano, a livraria oficial da FLIPA, que será montado no espaço de convivência do evento.Para a primeira edição, já estão confirmadas as participações dos escritores Ronaldo Correia de Brito, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura (pelo romance “Galiléia”), Daniel Piza, Marina Colasanti e Danuza Leão.A região – litoral leste do município de Tibau do Sul — também possui uma fértil atividade cultural. É o lugar do coco de zambê, do coco praieiro de Chico Antônio, das romanceiras, pastoril, boi de reis, marujada, e ainda de intelectuais que dedicaram suas vidas ao estudo dessas riquezas. Essas manifestações e autores também estarão inseridos na Flipa, como informou a produção do evento. “Queremos promover um resgate de autores e estudiosos da região e temas como a questão indígena dos descendentes do Rio Catu, o mestre coquista Chico Antônio, o romanceiro da região, a antropologia praieira de Hélio Galvão, a obra do professor Clementino Câmara, e o grande poeta norte-rio-grandense Homero Homem de Siqueira”, informou o coordenador do evento Dácio Galvão.De acordo com a produção, está sendo a articulada a vinda de nomes como Davi Arrigucci Jr., João Gilberto Noll, Murilo Mello Filho, Eucanaã Ferraz, Raimundo Carrero e além dos potiguares Nei Leandro de Castro, Diógenes da Cunha Lima e Geraldo Queiroz.Serviço:FLIPA – Festa Literária da PipaDe 24 a 26 de setembroLitoral Sul do RN, 70 km da capital NatalMais informações: 84 8806-0212

A volta da Geringonça nordestina


Tribuna do Norte, 26/08/2009


“A vida não me chegava pelos jornais/ nem pelos livros/ vinha da boca do povo na língua errada do povo/ língua certa do povo”... O trecho do poema “Evocação do Recife” de Manuel Bandeira, abre a segunda edição da obra “A Geringonça do Nordeste – a fala proibida do povo” do professor Geraldo Queiroz sobre a vida e obra de Clementino Câmara, o escritor e professor autodidata que pensava anos luz à frente de seu tempo.
A primeira edição - fruto da pesquisa de mestrado de Geraldo – foi lançada em 1989, há 20 anos, e faz um ano que a obra recebe adaptações, imagens e diálogos com escritores e intelectuais.
A paixão pela profunda pesquisa surgiu quando Geraldo se deparou com a história de Clementino - ainda na década de 80 - e encontrou no Arquivo Público do Estado, o livro (ainda inédito)“Geringonça do Nordeste”, censurado pelo governo. “Devido às circunstâncias da época – de transição ente o regime democrático e a implantação em 1937 da ditadura do Estado Novo no Brasil, conclui-se que o trabalho fora censurado”, contou Geraldo Queiroz em sua residência à reportagem do VIVER.A censura e tudo o que envolveu a obra e a vida de Clementino é o principal enfoque do livro editado pela primeira vez em 1989 pela Editora Clima e Fundação José Augusto e agora é revisitada em segunda edição por Queiroz.A obra já era grandiosa em sua essência na primeira edição e nesta que será lançada até meados de novembro traz depoimentos de escritores como Nei Leandro de Castro, Oswaldo Lamartine, Nelson Patriota, entre outros. Além de imagens de Clementino durante sua vida, cartas escritas para suas filhas e amigos e um perfil emocionado escrito por sua mãe. Ou seja, o livro vem acrescido de duas partes, a primeira é o texto introdutório escrito pelo jornalista Woden Madruga e segundo é o anexo “diálogos em torno do tema”, numa coletânea de mensagens enviadas a Geraldo, além de matérias publicadas em jornais, revistas e outros meios de comunicação. Considerada pelo escritor Moacy Cirne como um livro fundamental para se conhecer o Rio Grande do Norte, a Geringonça percorre a trajetória de Clementino junto ao movimento intenso revolucionário que o País vivia na época. “Naquela época tudo era motivo de censura. E durante as pesquisas consegui fazer uma montagem de diferentes épocas do pensamento dele, engendrando com o movimento do País num dos seus mais delicados momentos. Talvez por isso, ler a Geringonça seja uma maneira de rever a própria história atual, conhecendo o nosso passado”.

Currais Novos recebe Caravana Cidadania Cultural nesta quinta


Com o apoio do Instituto Federal do RN (IFRN) e da Fundação de Apoio (Funcern), o Ministério da Cultura realiza no próximo dia 27 a primeira etapa do projeto Caravana Cidadania Cultural, que percorrerá 11 cidades pólos de todo o Brasil. A primeira escolhida será Currais Novos, a 170km de Natal.A primeira edição do projeto vai acontecer a partir das 5h com uma alvorada pelas ruas ao som da Banda de Música do munícipio. A Caravana contará com a presença do ministro da Cultura Juca Ferreira, da governadora do RN, Wilma de Faria e do reitor do IFRN, Belchior Rocha, além de outros políticos e autoridades.A programação da Caravana contará com apresentações artísticas, exposições e discussões com os grupos artísticos da cidade. Drante as discussões, representantes de Pontos de Cultura e instituições de ensino também estarão presentes.Depois de Currais Novos a Caravana da Cidadania Cultural vai seguir pelas cidades de Manaus (AM), Juazeiro do Norte (CE), Delmiro Gouveia (AL), Salvador (BA), Paracatu (MG), Taubaté (SP), Irati (PR), Xapuri (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Corumbá (MS). Ao final será produzido um filme documentário e publicado um livro.


Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Literatura potiguar nas escolas do RN


Diário de Natal, 24/08/2009

A Lua no céu e ela na Terra é o livro da educadora e escritora potiguar Salizete Freire que será adotado pela Secretaria de Educação do Estado. O livro vai chegar, a princípio, às bibliotecas e salas de leitura de 100 escolas do Ensino Fundamental que fazem parte do projeto Escola Leitora, que é um programa de mediação de leitura ao pequeno leitor, uma parceria da Seec com a C&A e o Instituto de Desenvolvimento da Educação - IDE. A primeira remessa do livro será entregue às escolas no dia 3 de setembro. A obra já foi lançado em Mossoró, no começo deste mês, durante a Feira do Livro com a participação de 104 escolas da região Oeste do estado, o segundo lançamento será em Natal no dia 25 de setembro no salão Paulinas, na Avenida Rio Branco.
Desde a Antiguidade, a Lua tem sido venerada como a personificação do feminino, pois segundo alguns estudiosos esotéricos, as fases lunares evidenciam os aspectos psicológicos e as transformações que ocorrem na vida das mulheres. Por isso, segundo Salizete Freire, "A lua no céu e ela na terra" traça paralelo entre o crescimento da menina com as fases da Lua: nova na meninice, crescente na mocidade, cheia para a mãe grávida e minguante na velhice. Para cada fase, Salizete fez alegoria das fases lunares com o crescimento da mulher, através de uma narrativa que acena para a poesia construída em metáforas inventivas e criativas.
"Porque a Lua sempre exerceu fascínio sobre a humanidade: nos cortes de cabelo, poda das árvores, no movimento das águas, no nascimento de bebês... A magia da Lua, brilhante no céu, encanta e inspira poetas, além de pôr em exercício o imaginário popular", explicou Salizete. As imagens e ilustrações do livro são de Tati Móes.Formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), especialista em Literatura Infantil e Juvenil, poeta e escritora, Salizete é professora da rede pública de ensino desde 1985 e atualmente coordena o comitê Proler/RN. É autora de quatro livros adotados pelo Instituto Ayrton Senna: Bicho pra que te quero, Mundo pra que te quero, Planta pra que te quero e Vida pra que te Quero.

Lançamento


sábado, 22 de agosto de 2009

I Semana Literária da EEDM

ISemana Literaria da Escola Estadual Djalma Marinho - Nova Cruz/RN
Data: 16 a 18/09/2009
Tema: Todo Canto tem Poeta
Informações: antonio-barbosa@bol.com.br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O absurdo que transita entre a realidade e a ficção


Tribuna do Norte, 20/08/2009


Maria Rosa era uma senhora que não sabia de onde veio, nem para onde ia, nunca andou de carro, nem sabia o nome de seus pais, muito menos sua idade. A única coisa que ela sabia era contar histórias. O personagem – real – e outros tantos são os que passeiam no segundo livro do jornalista e publicitário Públio José chamado “Contos porque conto”, que será lançado hoje, às 18h na livraria Siciliano. Segundo o autor, o livro é a reunião de histórias que ele ouvia na infância no interior de São José do Campestre. “Nele eu relato experiências vividas, ouvidas e coisas e fatos que ouvi falar. São histórias que habitam as lendas e as tradições de cada região. Tudo envolvido por muita ficção retiradas de minha cabeça”, contou Públio.Com prefácio assinado por Tarcísio Gurgel, o livro traz vinte contos, um mais inusitado que o outro mantendo o próprio autor como personagem. Como escreveu Tarcísio, “trabalhando na vizinhança do causo e claramente optando por um discurso regionalizante, Públio utiliza-se também de elementos retirados da experiência biográfica (não é difícil adivinhar na personagem denominada Otávio José que surge aqui e ali em suas pequenas estórias uma espécie de alter ego seu) o que lhe dá um bom domínio da narrativa. O livro – pode se dizer – vai do suspense ao cômico e do drama à ironia entre uma escrita e outra. “Todos os contos eu ouvi verdadeiramente de outras pessoas. E são histórias que transitaram e transitam em diferentes gerações da cultura brasileira. Tudo temperado com alta dose de ficção”, disse.A diferença de seu primeiro livro para o segundo é a transição entre a introspecção à liberdade de brincar com as palavras e com os personagens. “No meu primeiro livro chamado Momento Pensante eu levei toda a minha trajetória de vida para a escrita. Quando pude questionar e levar reflexões sobre a política, a sociedade, os desafios da vida, a economia, entre outros temas. Este agora é totalmente contrário, ele é irreverente brincalhão, jovial e no conteúdo cabe do drama à ironia”, relacionou.Seu texto tem influência de escritores brasileiros como Ariano Suassuna, Jorge Amado, Monteiro Lobato, João Ubaldo Ribeiro e Dias Gomes.

I Encontro Nordestino de Literatura de Cordel no RN


I Encontro de Cordelistas do Nordeste no RN
29 DE AGOSTO (SÁBADO), no colégio CEI - Unidade I
Endereço do CEI: Rua Coronel João Medeiros, 1976 - Lagoa Nova (ao lado do Shopping Via Direta).

Realização: CASA DO CORDEL

PROGRAMAÇÃO
Manhã
8h - Abertura oficial do evento - saudações aos presentes.
08h20 - Palestra - “Criação da Cooperativa Nacional de Cordel – desafios e perspectivas”, com Crispiniano Neto (presidente da Fundação José Augusto).
9h- “A importância do cordel na sala de aula”, com Marcos Medeiros (professor do curso de biologia da UFRN).
09h40 – “O cordel no século XXI, novas perspectivas”, com José Lucas de Barros (Academia de trovas do RN).
10h20 – “O repente nordestino e causos”, com Américo Pita (pesquisador do repente nordestino).
10h40 – Cantoria de viola em homenagem aos 20 anos de morte de Luiz Gonzaga, com Chico Sobrinho e Amâncio Sobrinho.
11h – “A gravura popular no Nordeste brasileiro”, com o professor Dr Everardo Ramos (coordenador do curso de Artes Visuais da UFRN).
12h - Intervalo para almoço.
Tarde
13h - Oficina de xilogravura, com Erick Lima.
13h – “A importância do cordel como patrimônio cultural brasileiro”, com Severino Vicente (presidente da comissão norte-rio-grandense de folclore).
14h – Mesa-redonda “Cordel: sua história e difusão”, com os poetas presentes.
15h30 - Abertura do XVII Festival de Folclore do colégio CEI (participação dos emboladores de coco Maçã e Maturi).
16h40 - Sarau poético; Homenagem aos dois anos da Casa do Cordel e ao poeta Zé Saldanha e Encenação de cordel com a atriz Ana Santana.