sábado, 29 de agosto de 2009

Novacruzenses participam do I Encontro Nordestino de Cordel no RN


Um evento único na cultura potiguar promovido pela Casa do Cordel aconteceu no dia 29 agosto de 2009 n Colégo CEI, em Natal/RN, com a presença de poetas, violeiros e xilogravuristas de diversas cidades do Estado.Palestras sobre a importância do cordel na escola, o cordel no seculo XXI e a gravura popular no Nordeste brasileiro foram apresentadas por especialistas no tema.De Nova Cruz participaram Gustavo José, Antônio Barbosa e Elizabete Porfirio.

I SEMINÁRIO CARIRI CANGAÇO


I SEMINÁRIO CARIRI CANGAÇO

De 22 a 26 de Setembro de 2009

Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha


O Brasil se notabiliza por sua extensão continental; repleto de manifestações culturais, tradições e raízes que o tornam um dos países mais encantadores do mundo. O nordeste se configura como uma região de uma gente forte, um povo de fibra que se acostumou a desafios: e como já destacava o grande Euclides da Cunha – “O nordestino é antes de tudo um forte”. Esse mesmo povo que vence desafios é o mesmo povo que mostra sua bravura e destemor em muitos episódios da vida de nossa nação; foi assim nos momentos de revolta e luta com a Insurreição de 1817 e a Confederação do Equador; foi assim no movimento inesquecível de Canudos, Baixa Dantas, Caldeirão e Pau de Colher, foi assim nos momentos vivos de fé em São José do Egito e em particular em Juazeiro do Norte do meu Padim Cícero Romão Batista, e foi assim no fenômeno do Cangaço de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo: Lampião.O Cangaço se configura como um dos fenômenos mais intrigantes da história do povo nordestino. Com uma duração de quase 80 anos, teve no Cariri um de seus principais cenários. As cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Jati, Jardim, Aurora, Porteiras e Missão Velha, fizeram parte importante dessa história que teve seu auge na figura de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião.O Cariri cearense, a partir das cidades de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha, irão receber no mês de setembro de 2009, as maiores autoridades sobre o tema Cangaço, no Brasil. Pesquisadores, historiadores, escritores, ensaístas e cineastas, estarão no triângulo do Crajubar, discutindo um dos fenômenos mais controversos da história do nordeste brasileiro e suas implicações e ligações com nossa região.O encontro se realizara nas três principais cidades do cariri cearense, com palestras, discussões, estudo do tema, oficinas, apresentações artístico-culturais e visitas técnicas aos principais cenários da história cangaceira no Cariri, se configurando como a maior mesa de debates itinerante do país sobre o fenômeno Cangaço.Estarão no Cariri cerca de 30 personalidades, entre pesquisadores, escritores e historiadores, com destaques para o Dr. Antônio Amaury, Dr. Honório de Medeiros, Dr. Kidelmy Dantas, Dr. Paulo Gastão, Escritor José Peixoto Junior, Escritor Ângelo Osmiro, Documentarista Aderbal Nogueira, Dr. Iaperi Araujo, Dr. Napoleão Tavares Neves, Dr. Magérbio de Lucena, Escritor Anildomá Williams, Professor Daniel Walker, Professor João de Sousa Lima, Escritor Francisco Vilela, Professor Francisco Pereira, Escritora Vilma Maciel, Professor Jairo Luis, dentre outros; além de um público estimado para os quatro dias de evento de cerca de duas mil pessoas, público notadamente formado por estudantes, universitários, admiradores do tema e formadores de opinião. A iniciativa é da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, e das prefeituras de Crato, Juazeiro e Barbalha.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Foto de Nando Poeta


Nosso amigo Nando Poeta (chapéu) , natural de Natal, lançando seu cordéis em São Paulo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

I Flipa confirma mesa de debate com Danuza Leão e Woden Madruga


Tribuna do Norte, 27/08/2009

Uma das maiores personalidades do mundo jornalístico, artístico e cultural, a jornalista e escritora Danuza Leão, que recentemente publicou suas emocionantes memórias no livro “Quase Tudo” (Companhia das Letras) é o nome confirmado no I Festival Literário da Pipa-Flipa, que acontece de 24 a 26 de setembro na badalada praia localizada ao litoral sul. Danuza terá como interlocutor o jornalista desta TRIBUNA DO NORTE Woden Madruga, com quem conversará sobre “Jornalismo, Literatura e Memórias”.Danuza Leão fez de sua trajetória uma das histórias mais incomuns que se tem notícia. Nascida em Ipanguaçu, no Espírito Santo, de família de classe média — irmã da jovem que viria a ser a musa da bossa nova Nara Leão — aos quinze anos Danuza Leão já freqüentava a casa do pintor Di Cavalcanti. Aos dezenove, foi a primeira modelo brasileira a desfilar no exterior. Amiga de mitos como Vinicius de Moraes, viu a bossa nova nascer em sua sala. Aos vinte, casou-se com um importante dono de jornal, Samuel Weiner, que tinha o dobro da sua idade. Tempos depois, com três filhos pequenos, separou-se para viver um grande amor com Antônio Maria, um cronista e compositor pobre. Aos quarenta e poucos, já avó, comandou as noitadas das boates Regine's e Hippopotamus (o que lhe valeu capa da revista Veja com o título "A grande dama da noite"). Danuza foi dona de butique, membro de júri de programa de auditório, relações-públicas, entrevistadora de TV, produtora de novela, cronista social, e publicou um livro de enorme sucesso sobre etiqueta moderna (Na Sala com Danuza). E agora conta (quase) tudo de sua vida extraordinária.OUTRAS CONFIRMAÇÕESOutras mesas estão sendo fechadas, como o debate do jornalista e escritor Daniel Piza, 38, sobre Euclides da Cunha, que contará com a exibição do documentário "Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides", com direção do Daniel Piza e do fotógrafo Tiago Queiroz. Piza é jornalista do Estadão e colabora com revistas culturais, além de possuir diversas obras publicadas. Outro nome confirmado é o da escritora Marina Colasanti, que falará sobre “Literatura e viagem” numa mesa com autores e intelectuais locais. Exímia contadora de histórias, esta ilustre senhora de 72 anos falará sobre livros e viagens passando por assuntos abordados em obras como "23 Histórias de um Viajante", obra que narra a viagem de um cavaleiro que invade os domínios de um príncipe misterioso. Outros autores confirmados no Flipa são Ronaldo Correia de Brito, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura pelo romance “Galiléia”, e a escritora Heloísa Buarque de Holanda. Escritores locais também estão confirmando presença nas diversas mesas do Festival, entre eles Geraldo Queiroz, Diógenes da Cunha Lima, Nei Leandro de Castro e Sanderson Negreiros. O I Festival Literário da Pipa é uma iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Turismo e da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, sob a coordenação da Fundação Cultural Helio Galvão.FLIPA - Festival Literário da PipaDe 24 a 26 de setembroLitoral Sul do RN, 70 km da capital Natal

Cordel de Sarney


Sarney é velho cacique
Conhecido no nordeste
Servidor da ditadura
Passando sempre no teste
Quando o seu regime cai
De outra roupa se reveste.

Foi enquanto deputado
Que começou a carreira
No ano cinquenta e cinco (1955)
A sua eleição primeira
Eleito no Maranhão
Sortudo teve a cadeira.

Cresce dentro da política
Depois foi governador
Sempre prometendo ao povo
Que era o seu salvador
No Maranhão se transforma
Cacique articulador.

Fiel sempre aos militares
Foi eleito senador (1971 a 1985)
Símbolo de oligarquia
Da família protetor
Na Arena e PDS
Partido de ditador.

Quando o barco afundou
Deu tchau pra o general
Juntou os trapos com o vice
Aureliano, serviçal
Na campanha das diretas
Deu uma de liberal.

No colégio eleitoral
É vice de seu Tancredo
Presidente bate as botas
Assume sem ter segredo
Agora Nova República
De Sarney tem o seu dedo.

Presidente e empossado
Agora peemedebista
Lança o Plano Cruzado
Fracassado perde a pista
Termina o seu mandato
Desgastado sai da vista.

Mas logo volta a cena
É eleito senador
Pelo Estado do Amapá
Jura ter grande amor
Na verdade ele vai ter
Mas um “feudo” de valor.

Oitenta um senadores
Oito anos, o mandato
O tempo é suficiente
Pro povo pagar o pato
Pois essa picaretagem
Secreto faz o seu ato.

Essa fábrica de corruptos
Em Brasília, o senado
Renan, ACM e Collor
Só Estevão foi cassado
Não há o que o outro fez
Que não foi compartilhado.

Os que soltam um pouco a língua
Também é peixe na lama
Por isso o Arthur Virgilio
Cai na sua própria cama
Com rabo ficando preso
Todos eles são da trama.

Os atos secretos são
Medidas tão sigilosas
Cria e nomeia os chapas
Para ações bem mafiosas
O senado e sua gangue
Traçam metas perigosas.

Vale moeda de troca
É dando que se recebe
O povo pagando a conta
E muitos, nunca percebe
Enquanto as maracutaias
No senado se concebe.

Negociatas de cargos
Mordomo nadando em grana
Os seus serviços prestados
Na casa de Roseana
Quando é que essa quadrilha
Será levada em cana.

Dinheiro da Petrobras
Recebeu a Fundação
Que tem nome de Sarney
O poderoso chefão
Cai na conta da família
Projeto não existe não.

E o organizador
De toda maracutaia
É diretor do senado
Famoso Agaciel Maia
O emprego e empréstimo
Distribui pra toda laia.

Essa “crise não é minha”
Sarney falou na tribuna
Ela é lá do senado
Atinge toda coluna
Já vimos que essa cambada
Que só quer fazer fortuna.

No congresso o senador
Sarney estar enroscado
Mas as suas costas largas
Tem Lula como aliado
Partidos de rabo preso
Acórdão tem cozinhado.

Bem por de baixo do pano
Existe quem articula
É homem forte do Estado
É o presidente Lula
Que deu a mão a Sarney
Escrevendo toda bula.


O PT e Mercadante
Ficou dançando uma valsa
Com Lula alteando a voz
Senador borra na calça
Renuncia e volta a traz
É uma conversa falsa.

Suplicy quer maquiar
A postura do PT
Que fez força por Sarney
No senado se manter
Com o seu cartão vermelho
Ele quer se arrepender.

Por Lula foi costurada
A buchada foi servida
Os requintes são picantes
Sarney terá sobrevida?
Na mesa do presidente
Picado e muita bebida.

Se o senado acabasse
Não deixaria saudade
Por ser toda aquela corja
Um ninho de falsidade
Que votam contra o povo
Seu projeto de maldade.

Por isso ganhar as ruas
Pedindo o fim do senado
É uma bandeira urgente
Pra levar de lado-a-lado
O Fora Sarney na massa
Acabando seu reinado.



Autor: Nando Poeta
6792.2293





Cantigas sob o sol do Nordeste


Tribuna do Norte, 27/08/2009


O sol quente do sertão inspira e faz liquidas as melodias e os poemas. Das terras áridas, esperando chuva, surgiram nomes importantes da música e um deles – talvez o maior – é Luiz Gonzaga. E é nele toda a força do espetáculo “Cantigas do sol ou Dom quixote de cordel: um tributo a Luiz Gonzaga” que será apresentado hoje e amanhã no Teatro Alberto Maranhão, às 20h.Elaborado durante dois anos, o espetáculo vem do Recife através do grupo Dramart. São quatorze atores que também cantam e dançam no palco 40 canções numa perspectiva operística tendo como suporte a poesia de Zé Dantas, Humberto Teixeira, canções de domínio público embaladas pelas canções quase inéditas e outras mais conhecidas de Luiz Gonzaga. “Estamos lembrando os 20 anos da morte dele. E paralelo estamos falando do homem sertanejo, num contexto denso e realista. Tudo isso feito com a colagem de várias músicas de Luiz Gonzaga”, contou o ator Didha Pereira, que faz o próprio Gonzagão. Para a preparação do espetáculo os atores e músicos – são quatro em cena – foram divididos em núcleos de pesquisa alcançando algumas vertentes como cultura popular e teatro de rua, todos coordenados por Didha. “A gente montou apresentações individuais e daí surgiram as primeiras cenas, num trabalho completamente coletivo feito aos moldes do teatro de grupo antes dos anos 90”, contou.

Grandioso e com diferentes nuances, “Cantigas ao Sol...” tem como fonte além do sertão, a inspiradora luz do dramaturgo Bertold Brecht, quando o grupo utiliza o distanciamento para que o público perceba a diferença entre a realidade e a ficção. “Precisamos preparar um distanciamento, porque tem momentos muito emocionantes e fortes no espetáculo. É um retrato da vida mas não é a vida”.Considerada pelo próprio diretor – o premiado Vital Santos – como uma nova cor da cena nordestina, “sem nenhum ranço regionalista”, o espetáculo extrai movimentos da cultura popular nordestina com toques eruditos e o “pragmatismo da cena mollierana”. “Aproveitando para tanto os movimentos da xilogravura, do cordel, dos mamulengos e o peso do coronelismo disfaçado de Comédia Dell´Art, para denunciar as indústrias que proliferaram e ainda proliferam o Nordeste brasileiro, colocando-o numa situação difusa dentro do contexto nacional”, escreveu o diretor Vital Santos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pipa terá sua Flipa em setembro


Tribuna do Norte, 26/08/2009


A Praia da Pipa, no município de Tibau do Sul/RN, a 70 km de Natal, paraíso praiano badalado que é conhecido no Brasil inteiro e até em outros países, ganhará em setembro a I FLIPA — Festa Literária da Pipa, no período entre 24 a 26 do mês que vem. O evento é uma iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Turismo e da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, sob a coordenação da Fundação Cultural Helio Galvão. A idéia é aproximar a população e os visitantes da literatura e de autores de expressão nacional e promover um debate literário de alto nível, inserindo Tibau do Sul e arredores no circuito das cidades brasileiras que realizam eventos literários de grande porte.
Nas mesas literárias, escritores potiguares e nacionais vão falar de suas obras e interagir com o público. Além dos debates, a programação contemplará oficinas de literatura, shows musicais e lançamentos de livros. O público também vai poder conversar com os autores durante as sessões de autógrafos no estande da Livraria Siciliano, a livraria oficial da FLIPA, que será montado no espaço de convivência do evento.Para a primeira edição, já estão confirmadas as participações dos escritores Ronaldo Correia de Brito, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura (pelo romance “Galiléia”), Daniel Piza, Marina Colasanti e Danuza Leão.A região – litoral leste do município de Tibau do Sul — também possui uma fértil atividade cultural. É o lugar do coco de zambê, do coco praieiro de Chico Antônio, das romanceiras, pastoril, boi de reis, marujada, e ainda de intelectuais que dedicaram suas vidas ao estudo dessas riquezas. Essas manifestações e autores também estarão inseridos na Flipa, como informou a produção do evento. “Queremos promover um resgate de autores e estudiosos da região e temas como a questão indígena dos descendentes do Rio Catu, o mestre coquista Chico Antônio, o romanceiro da região, a antropologia praieira de Hélio Galvão, a obra do professor Clementino Câmara, e o grande poeta norte-rio-grandense Homero Homem de Siqueira”, informou o coordenador do evento Dácio Galvão.De acordo com a produção, está sendo a articulada a vinda de nomes como Davi Arrigucci Jr., João Gilberto Noll, Murilo Mello Filho, Eucanaã Ferraz, Raimundo Carrero e além dos potiguares Nei Leandro de Castro, Diógenes da Cunha Lima e Geraldo Queiroz.Serviço:FLIPA – Festa Literária da PipaDe 24 a 26 de setembroLitoral Sul do RN, 70 km da capital NatalMais informações: 84 8806-0212

A volta da Geringonça nordestina


Tribuna do Norte, 26/08/2009


“A vida não me chegava pelos jornais/ nem pelos livros/ vinha da boca do povo na língua errada do povo/ língua certa do povo”... O trecho do poema “Evocação do Recife” de Manuel Bandeira, abre a segunda edição da obra “A Geringonça do Nordeste – a fala proibida do povo” do professor Geraldo Queiroz sobre a vida e obra de Clementino Câmara, o escritor e professor autodidata que pensava anos luz à frente de seu tempo.
A primeira edição - fruto da pesquisa de mestrado de Geraldo – foi lançada em 1989, há 20 anos, e faz um ano que a obra recebe adaptações, imagens e diálogos com escritores e intelectuais.
A paixão pela profunda pesquisa surgiu quando Geraldo se deparou com a história de Clementino - ainda na década de 80 - e encontrou no Arquivo Público do Estado, o livro (ainda inédito)“Geringonça do Nordeste”, censurado pelo governo. “Devido às circunstâncias da época – de transição ente o regime democrático e a implantação em 1937 da ditadura do Estado Novo no Brasil, conclui-se que o trabalho fora censurado”, contou Geraldo Queiroz em sua residência à reportagem do VIVER.A censura e tudo o que envolveu a obra e a vida de Clementino é o principal enfoque do livro editado pela primeira vez em 1989 pela Editora Clima e Fundação José Augusto e agora é revisitada em segunda edição por Queiroz.A obra já era grandiosa em sua essência na primeira edição e nesta que será lançada até meados de novembro traz depoimentos de escritores como Nei Leandro de Castro, Oswaldo Lamartine, Nelson Patriota, entre outros. Além de imagens de Clementino durante sua vida, cartas escritas para suas filhas e amigos e um perfil emocionado escrito por sua mãe. Ou seja, o livro vem acrescido de duas partes, a primeira é o texto introdutório escrito pelo jornalista Woden Madruga e segundo é o anexo “diálogos em torno do tema”, numa coletânea de mensagens enviadas a Geraldo, além de matérias publicadas em jornais, revistas e outros meios de comunicação. Considerada pelo escritor Moacy Cirne como um livro fundamental para se conhecer o Rio Grande do Norte, a Geringonça percorre a trajetória de Clementino junto ao movimento intenso revolucionário que o País vivia na época. “Naquela época tudo era motivo de censura. E durante as pesquisas consegui fazer uma montagem de diferentes épocas do pensamento dele, engendrando com o movimento do País num dos seus mais delicados momentos. Talvez por isso, ler a Geringonça seja uma maneira de rever a própria história atual, conhecendo o nosso passado”.

Currais Novos recebe Caravana Cidadania Cultural nesta quinta


Com o apoio do Instituto Federal do RN (IFRN) e da Fundação de Apoio (Funcern), o Ministério da Cultura realiza no próximo dia 27 a primeira etapa do projeto Caravana Cidadania Cultural, que percorrerá 11 cidades pólos de todo o Brasil. A primeira escolhida será Currais Novos, a 170km de Natal.A primeira edição do projeto vai acontecer a partir das 5h com uma alvorada pelas ruas ao som da Banda de Música do munícipio. A Caravana contará com a presença do ministro da Cultura Juca Ferreira, da governadora do RN, Wilma de Faria e do reitor do IFRN, Belchior Rocha, além de outros políticos e autoridades.A programação da Caravana contará com apresentações artísticas, exposições e discussões com os grupos artísticos da cidade. Drante as discussões, representantes de Pontos de Cultura e instituições de ensino também estarão presentes.Depois de Currais Novos a Caravana da Cidadania Cultural vai seguir pelas cidades de Manaus (AM), Juazeiro do Norte (CE), Delmiro Gouveia (AL), Salvador (BA), Paracatu (MG), Taubaté (SP), Irati (PR), Xapuri (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Corumbá (MS). Ao final será produzido um filme documentário e publicado um livro.


Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Literatura potiguar nas escolas do RN


Diário de Natal, 24/08/2009

A Lua no céu e ela na Terra é o livro da educadora e escritora potiguar Salizete Freire que será adotado pela Secretaria de Educação do Estado. O livro vai chegar, a princípio, às bibliotecas e salas de leitura de 100 escolas do Ensino Fundamental que fazem parte do projeto Escola Leitora, que é um programa de mediação de leitura ao pequeno leitor, uma parceria da Seec com a C&A e o Instituto de Desenvolvimento da Educação - IDE. A primeira remessa do livro será entregue às escolas no dia 3 de setembro. A obra já foi lançado em Mossoró, no começo deste mês, durante a Feira do Livro com a participação de 104 escolas da região Oeste do estado, o segundo lançamento será em Natal no dia 25 de setembro no salão Paulinas, na Avenida Rio Branco.
Desde a Antiguidade, a Lua tem sido venerada como a personificação do feminino, pois segundo alguns estudiosos esotéricos, as fases lunares evidenciam os aspectos psicológicos e as transformações que ocorrem na vida das mulheres. Por isso, segundo Salizete Freire, "A lua no céu e ela na terra" traça paralelo entre o crescimento da menina com as fases da Lua: nova na meninice, crescente na mocidade, cheia para a mãe grávida e minguante na velhice. Para cada fase, Salizete fez alegoria das fases lunares com o crescimento da mulher, através de uma narrativa que acena para a poesia construída em metáforas inventivas e criativas.
"Porque a Lua sempre exerceu fascínio sobre a humanidade: nos cortes de cabelo, poda das árvores, no movimento das águas, no nascimento de bebês... A magia da Lua, brilhante no céu, encanta e inspira poetas, além de pôr em exercício o imaginário popular", explicou Salizete. As imagens e ilustrações do livro são de Tati Móes.Formada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), especialista em Literatura Infantil e Juvenil, poeta e escritora, Salizete é professora da rede pública de ensino desde 1985 e atualmente coordena o comitê Proler/RN. É autora de quatro livros adotados pelo Instituto Ayrton Senna: Bicho pra que te quero, Mundo pra que te quero, Planta pra que te quero e Vida pra que te Quero.

Lançamento


sábado, 22 de agosto de 2009

I Semana Literária da EEDM

ISemana Literaria da Escola Estadual Djalma Marinho - Nova Cruz/RN
Data: 16 a 18/09/2009
Tema: Todo Canto tem Poeta
Informações: antonio-barbosa@bol.com.br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O absurdo que transita entre a realidade e a ficção


Tribuna do Norte, 20/08/2009


Maria Rosa era uma senhora que não sabia de onde veio, nem para onde ia, nunca andou de carro, nem sabia o nome de seus pais, muito menos sua idade. A única coisa que ela sabia era contar histórias. O personagem – real – e outros tantos são os que passeiam no segundo livro do jornalista e publicitário Públio José chamado “Contos porque conto”, que será lançado hoje, às 18h na livraria Siciliano. Segundo o autor, o livro é a reunião de histórias que ele ouvia na infância no interior de São José do Campestre. “Nele eu relato experiências vividas, ouvidas e coisas e fatos que ouvi falar. São histórias que habitam as lendas e as tradições de cada região. Tudo envolvido por muita ficção retiradas de minha cabeça”, contou Públio.Com prefácio assinado por Tarcísio Gurgel, o livro traz vinte contos, um mais inusitado que o outro mantendo o próprio autor como personagem. Como escreveu Tarcísio, “trabalhando na vizinhança do causo e claramente optando por um discurso regionalizante, Públio utiliza-se também de elementos retirados da experiência biográfica (não é difícil adivinhar na personagem denominada Otávio José que surge aqui e ali em suas pequenas estórias uma espécie de alter ego seu) o que lhe dá um bom domínio da narrativa. O livro – pode se dizer – vai do suspense ao cômico e do drama à ironia entre uma escrita e outra. “Todos os contos eu ouvi verdadeiramente de outras pessoas. E são histórias que transitaram e transitam em diferentes gerações da cultura brasileira. Tudo temperado com alta dose de ficção”, disse.A diferença de seu primeiro livro para o segundo é a transição entre a introspecção à liberdade de brincar com as palavras e com os personagens. “No meu primeiro livro chamado Momento Pensante eu levei toda a minha trajetória de vida para a escrita. Quando pude questionar e levar reflexões sobre a política, a sociedade, os desafios da vida, a economia, entre outros temas. Este agora é totalmente contrário, ele é irreverente brincalhão, jovial e no conteúdo cabe do drama à ironia”, relacionou.Seu texto tem influência de escritores brasileiros como Ariano Suassuna, Jorge Amado, Monteiro Lobato, João Ubaldo Ribeiro e Dias Gomes.

I Encontro Nordestino de Literatura de Cordel no RN


I Encontro de Cordelistas do Nordeste no RN
29 DE AGOSTO (SÁBADO), no colégio CEI - Unidade I
Endereço do CEI: Rua Coronel João Medeiros, 1976 - Lagoa Nova (ao lado do Shopping Via Direta).

Realização: CASA DO CORDEL

PROGRAMAÇÃO
Manhã
8h - Abertura oficial do evento - saudações aos presentes.
08h20 - Palestra - “Criação da Cooperativa Nacional de Cordel – desafios e perspectivas”, com Crispiniano Neto (presidente da Fundação José Augusto).
9h- “A importância do cordel na sala de aula”, com Marcos Medeiros (professor do curso de biologia da UFRN).
09h40 – “O cordel no século XXI, novas perspectivas”, com José Lucas de Barros (Academia de trovas do RN).
10h20 – “O repente nordestino e causos”, com Américo Pita (pesquisador do repente nordestino).
10h40 – Cantoria de viola em homenagem aos 20 anos de morte de Luiz Gonzaga, com Chico Sobrinho e Amâncio Sobrinho.
11h – “A gravura popular no Nordeste brasileiro”, com o professor Dr Everardo Ramos (coordenador do curso de Artes Visuais da UFRN).
12h - Intervalo para almoço.
Tarde
13h - Oficina de xilogravura, com Erick Lima.
13h – “A importância do cordel como patrimônio cultural brasileiro”, com Severino Vicente (presidente da comissão norte-rio-grandense de folclore).
14h – Mesa-redonda “Cordel: sua história e difusão”, com os poetas presentes.
15h30 - Abertura do XVII Festival de Folclore do colégio CEI (participação dos emboladores de coco Maçã e Maturi).
16h40 - Sarau poético; Homenagem aos dois anos da Casa do Cordel e ao poeta Zé Saldanha e Encenação de cordel com a atriz Ana Santana.